Capítulo de livro analisando o seriado Sons of Anarchy a partir da teologia do cotidiano. É muito interessante ver como o autor da série trabalha elementos cristãos em um enredo repleto de violência e atitudes bastante condenáveis, mas cujo final acaba por apontar simbolicamente para Cristo e a promessa da redenção por meio da morte sacrificial. O texto é um capítulo do livro Atravessando o Espelho de Alice: estudos sobre religião, cultura pop e mídia, começando na página 113. Clique aqui para baixar.
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Que relacionamento pode ter a teologia com uma série norte-americana, de forte apelo popular, marcada pela vingança, violência, corrupção institucionalizada, tráfico internacional de armas, estupro, prostituição e pornografia? Até poucas décadas atrás, nada além da censura, a fim de manter puros os olhos do cristão. Entretanto, de um tempo para cá, passou-se a prestar mais atenção àquilo que é construído nos meios culturais e midiáticos da sociedade contemporânea, não como algo a se afastar, mas como manifestação daquilo que dá um sentido à vida e à existência de um ser humano. E isso tem tudo a ver com fé e religião. É sobre essa nova postura de análise teológica que este texto reflete, e que encontrará no seriado televisivo Sons of Anarchy a sua inspiração e objeto de estudo.
14 de novembro de 2019 at 20:05
Texto sensacional!
Assisti toda a série e sempre me chamou a atenção toda simbologia e as referências religiosas do genial Kurt Sutter.
Obrigado por compartilhar!
14 de novembro de 2019 at 20:42
Eu quem agradeço!
21 de novembro de 2019 at 13:17
O produtor de SoA confirmou inclusive, que a moradora de rua que sempre aparece e ajuda Jax é Jesus.
11 de maio de 2020 at 18:40
Não li ainda, mas como as referências cristãs são bastante claras, e eu raramente acho cristão que tenha visto e comentado a série, estou curiosíssimo (até porque sou motociclista e comecei a assistir a série pelas motos, tendo depois gostado dela por ela, não só pelas motos).
Depois, se for o caso, complemento, mas adianto o meu ponto de vista sobre o final. Está bem clara a intenção na referência de pão e vinho, os braços abertos em cruz, o sacrifício pelos seus (e é legal que os “seus” são alguns eleitos, especialmente os filhos)… mas o sabor de redenção me ficou insatisfeito. O “cristo” não é, em contexto, redimido ele mesmo de forma a ser bom sacrifício.
De todo modo, a série foi ótima! (E, até aqui, Mayans não chega perto.)